eis o relato de um crime real

Era manhã do dia 3 de Janeiro de 2022, primeira segunda-feira do ano. Carlos acordou cedo e saiu de sua cidade, São José do Rio Pardo, dirigindo até a Rua Rio de Janeiro, aqui em Mococa.
Na cabeça, histórias contadas por outros de que Márcio, a quem conhecia e tinha amizade de mais de trinta anos, teria se relacionado com algumas de suas ex-namoradas. Agora casado, o ex-amigo vivia com a mãe Nilsa, e ambos compartilhavam a simples casa com seu filho pequeno.
Ao chegar, não bateu na porta, não pediu licença. Arrombou a entrada logo de pronto, e eis que encontra à sua frente Nilsa. Para evitar que estragasse o motivo de sua viagem matinal, atirou contra ela. Por falha na mira, acertou na perna. Felizmente, a mulher sobreviveria à dolorosa manhã. O mesmo não pode se dizer de seu filho.
Ao ouvir o barulho, Márcio sai do quarto e encontra-se com Carlos. Ambos estão a apenas uma arma de distância. Assiste a cena o filho de Márcio, que é marcado permanentemente com a cena de seu pai sendo executado a tiros bem na sua frente.
Fugiu do local, mas logo foi encontrado pela Polícia.
O júri entendeu que o tiro contra Nilsa foi acidental, ao contrário dos que atingiram Márcio. Os senhores jurados entendem que Carlos é culpado pelo homicídio, que o crime ocorreu por motivo fútil, e que não é possível alegar violenta emoção.
Resultado final: 23 anos e 10 meses de prisão, sem o direito de recorrer em liberdade.
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