Previsão mais econômica é de que, ao final do mandato, o presidente terá gasto um total de R$35 milhões.

Bolsonaro já gastou R$1.070.495,91 em seu cartão corporativo só na primeira quinzena de março. Desde o início do mandato, já foram R$28,8 milhões, uma média de mais de R$750 mil de dinheiro público gasto todos meses, cujo destino permanece sob sigilo. Se continuar nesse ritmo, a previsão mais conservadora indica que a fatura de todo o mandato do presidente irá superar os R$ 35 milhões.
Para fins de comparação, o valor gasto até hoje em todos os cartões de pagamento federais desde que Bolsonaro assumiu é de R$ 642 milhões, e 26% disso vem apenas do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPFG), grupo do qual faz parte o cartão corporativo de Bolsonaro.
Os cartões de pagamento federais estão distribuídos ao longo de toda a estrutura do governo, mas só a presidência respondeu por quase 35% do valor total no ano passado. Por estar o nome do presidente da república sob sigilo, nomes de servidores federais comuns aparecem no ranking de maiores gastadores, como é o caso dos registros do ano passado, onde o nome que oficialmente lidera o ranking gastou pouco menos de R$150 mil.
Bolsonaro já se defendeu em algumas ocasiões, alegando que teria utilizado o cartão para despesas de governo, como a retirada de brasileiros de Wuhan, em fevereiro de 2020. No mês seguinte, é fato, vimos o recorde até o momento: R$1,93 milhão. Porém, o sigilo em cima do detalhamento de gastos não permite uma análise aprofundada da conta multimilionária. O total anual da fatura vem subindo: R$7, R$8 e R$11 milhões nos três primeiros anos de mandato, respectivamente.
Os dados foram extraídos do Portal da Transparência do Governo Federal, com a colaboração da Lei de Acesso à Informação.
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