Caído no chão, aos 12 dias do mês de Novembro do ano de 2021 do nascimento de Jesus Cristo, um pedaço de impresso religioso

Na sangria não-planejada, vê-se o apóstolo Valdemiro Santiago, cuja imagem estampa as notícias de ontem: é que funcionários de sua igreja acabaram de entrar em greve. Greve de igreja… primeira vez que ouço falar. O homem de deus teria, segundo os grevistas, atrasado salários e vale-alimentação, além de faltar com o compromisso de depositar o FGTS. Entre os profissionais paralisados estão, vejam só, jornalistas como os que cuidaram do impresso ora rasgado.
Afora os pleitos trabalhistas, há denúncias de não cumprimento das medidas sanitárias contra a COVID-19 por parte daquele que vendeu “feijões mágicos” que supostamente curariam a doença. Os feijões, aliás, custavam R$1.000 a unidade, mas promoções faziam com que o valor chegasse a até R$100. A saca de feijão, hoje, está cotada a cerca de R$260. Ao consumidor, um quilo vale de R$6 a R$9. O caso dos feijões curativos já foi à justiça.
Comunicação é poder, as igrejas sempre souberam disso. Além do impresso, a rede de comunicação comandada por Valdemiro inclui TV online 24 horas, tudo mantido com doações voluntárias e venda de objetos supostamente milagrosos. A loja online vende também canecas, chaveiros, camisetas, bíblias, dentre outros. Por lei, os rendimentos obtidos em templos religiosos não sofrem cobrança de impostos, o que contribui para que a fortuna do religioso esteja hoje na casa dos R$1,201 Bilhão, atrás apenas de Edir Macedo. Certa vez o juiz Mário Roberto Negreiros Velloso chegou à brilhante conclusão de que “há fortes indícios de que a igreja esteja transferindo seu patrimônio a Valdemiro”.
“Mega Imposição”, diz o trecho recortado pelo destino.
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