A criminosa trilogia que ensina a cometer “suicídio racional” é alvo de denúncias.

A psiquiatra Priscila Dossi chamou a atenção para uma coleção de três livros de Jéssica Duber, que se apresentam como um manual para cometer suicídio “de forma racional”. Os escritos já têm tradução para o português, e contam já na resenha que o objetivo é “descomplicar” o suicídio.
Um dos títulos é dedicado à overdose com Hidroxicloroquina, medicamento cujo presidente da república realiza lobby desde o início da pandemia, conclamando os cidadãos a tomarem em tratamento a uma doença que a substância não combate: a COVID-19. A insistência na propaganda do medicamento fez com que suas vendas dobrassem entre 2019 e 2020, dado da Anvisa.
A CPI da Covid, no Senado Federal, vêm investigando as movimentações relacionadas à prescrição e uso irregular, e até o momento duas empresas foram pegas forçando médicos a adotar o tratamento: a Prevent Sênior e a HapVida. Esta última, inclusive, possui um grupo de whatsapp onde a diretoria exigia que os profissionais receitassem a droga mesmo com a negativa do paciente.
A Hidroxicloroquina é usada no tratamento de Malária, Artrite e Lúpus, e a bula oficial informa que um dos efeitos colaterais considerados comuns é a instabilidade emocional. A overdose do fármaco leva a alterações cardiovasculares que podem terminar em parada cardiorespiratória.
O código penal brasileiro proíbe qualquer ato de incentivo ao suicídio. Acidental ou propositadamente, os que se intoxicarem com Hidroxicloroquina podem ligar para 0800 722 6001.
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