Taxa de suicídio entre indivíduos de 15 a 29 anos, já alta, corre risco de aumentar com o isolamento. Familia deve estar atenta aos sinais de alerta.
Nos países mais pobres, a faixa etária de casos de suicídio é mais jovem do que em países ricos. Nos primeiros, o número de pessoas tirando a própria vida salta tão logo se inicia a vida adulta. A constatação é de um relatório de 2017 da Organização Mundial da Saúde. Não bastasse isso, segundo a OPAS os países de baixa e média renda respondem por 79% dos suicídios do mundo, e esta é a segunda principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos.
O novo normal agravou a situação: A USP entrevistou 7 mil crianças e adolescentes nesse ano; obteve-se que um em cada quatro dos entrevistados apresentou ansiedade ou depressão a níveis clínicos, ou seja, que precisam de intervenção. O Fundo das Nações Unidas para a Infância descobriu que 2880 brasileiros de 15 a 19 anos, dentre 4 mil entrevistados, sentiu necessidade de pedir ajuda. Apesar disso, 1180 alegaram não ter recorrido a ninguém.
Cabe aos pais identificar sinais de problema emocional, como aumento fora do comum do isolamento, mudança de rotinas, alterações de fome e sono.Existem também as chamadas ‘Frases de Alerta’, como “ninguém gosta de mim”, “ninguém se importa comigo”, “eu não sirvo pra nada”, “eu tenho vontade de sumir”, “se eu sumir ninguém vai notar”, dentre outras”. As informações são da psiquiatra Elen Cristina Batista de Oliveira. Diante dos sinais, o ideal é procurar um profissional para tratar do problema.
Vinicius Macía 
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