Malala fala de sua saúde para denunciar Talibã

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Em outubro de 2012, paquistanesa foi atingida por tiro no ônibus escolar, tendo nervos da face dilacerados, além de danos no tímpano e mandíbula. Ainda hoje, após longa trajetória, a mais jovem laureada com o Nobel ainda passa por cirurgias.

Foto: Reprodução – Instagram

Há duas semanas, eu estava deitado em uma cama de hospital em Boston, passando por minha sexta cirurgia, enquanto os médicos continuavam a reparar os danos do Talibã em meu corpo.

[…]

Nove anos depois de levar um tiro, ainda estou me recuperando de apenas uma bala. Mas o povo do Afeganistão recebeu milhões de balas nas últimas quatro décadas. Meu coração se parte por aqueles cujos nomes esqueceremos ou nunca saberemos, cujos pedidos de ajuda ficarão sem resposta.

Malala Yousafzai 
Outubro de 2012 – Malala atingida por tiro na têmpora esquerda. | Foto: Podium

Atualmente com 24 anos, a ativista conta que foi em Boston sua sexta rodada de cirurgias. Do dia fatídico, não se lembra de nada anterior ao seu despertar no Hospital Queen Elizabeth em Birmingham, Reino Unido. Colocada em coma induzido, seu osso do crânio teve de ser removido para realização dos procedimentos que salvariam sua vida, tudo isso em um país que a acordaria assustada.

“eu não sabia onde estava ou por que estava cercado por estranhos falando inglês.”

Malala Yousafzai 

Filha de gestores escolares do paquistão, com o pai membro do Rotary Club e o avô paterno também ativista pela educação, a jovem passou a escrever sobre suas experiências na guerra, tudo isso usando pseudônimo. Foi com a colaboração do The New York Times que Malala ganhou mídia, tornando-se conhecida e premiada. No dia que mudaria sua vida para sempre, tudo estava calculado: o atirador, antes de disparar, chamou-a pelo nome. O Talibã confessou e reafirmou a intenção de matar Malala, que muito antes já previa o atentado:

“Mesmo caso eles venham me matar, eu vou lhes dizer que estão tentando fazer algo errado, que a educação é nosso direito básico.”

Malala Yousafzai 

Duas semanas atrás, eu estava deitada em uma cama de hospital em Boston, passando por minha sexta cirurgia, enquanto os médicos continuavam a reparar os danos do Taleban em meu corpo. Leia sobre minha experiência no Podium de hoje – link na bio.
Nove anos depois de levar um tiro, ainda estou me recuperando de apenas uma bala. Mas o povo do Afeganistão recebeu milhões de balas nas últimas quatro décadas. Meu coração se parte por aqueles cujos nomes esqueceremos ou nunca saberemos, cujos pedidos de ajuda ficarão sem resposta.
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