
Henry Cole e Helen Morrison. Ele pianista, ela jornalista. Curiosa e apaixonada pelo talento do “professor xavier”, Helen atreve-se a entrevistá-lo com profundidade, passando a ser parte fundamental de sua vida.
As expressões faciais de Katie Holmes já são conhecidas de outros filmes: o olhar profundo demonstra interesse e paixão intensa por cada fala, em dueto perfeito com a agridoce melancolia de Patrick Stewart.
A fotografia salva-nos do ‘escurinho’ clichê que não perdoa até mesmo algumas comédias: este drama é à claras, com luz firme e neutra, tendendo levemente ao frio, todavia sem qualquer exagero.
A narrativa, apesar de tudo, deixa a desejar: os cortes de cena ensaiam um timming niilista típico do gênero, sem porém alcançar a precisão necessária. A história desenrola-se vagamente, sem a exploração profunda das mentes dos personagens, que desde o primeiro minuto é prometida. Tudo isso faz uma hora e meia ser diluída em uma história que paira na superfície.
A química dos protagonistas me faz desejar uma amizade, ou mesmo fantasiar ardentemente que os dois se descubram pai e filha ao fim de tudo. Um beijo torna toda essa fantasia reduzida ao velho namorico comercialóide típico de hollywood.
A película vale pela arte, pela técnica, mas não diria que pela história.
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