
É, a princípio, muito simples: Fala-se algo completamente avesso às noções civilizatórias mais básicas, com o objetivo de enervar os que possuem um mínimo de bom senso. A consequência de tudo isso é atrair uma ala revoltada com a civilidade, uma ala que se estende desde o fundamentalismo até o masturbacionismo dos gamers de idade recém-adulta.
Porém, algumas vezes o fenômeno do troll ameaça o tecido democrático, escapando por nossos dedos. Foi o caso do PL 504/2020, que atualmente está pronto para ser votado na ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo)
O projeto quer proibir a veiculação de propagandas com conteúdo LGBTI+ em todo o estado, e vêm da evangélica Marta Costa, do Partido Social Democracia, o mesmo de Flordelis, acusada de mandar matar o próprio marido. Marta Costa fez um aceno para o seu eleitorado que acabou, pasmem, passando pela Comissão de Constituição e Justiça e Pela Comissão de Direitos Humanos (sim, constituição é aquele texto que diz que todos somos iguais perante a lei, e direitos humanos é aquela área que trata de normas mínimas para o convívio, incluindo a igualdade de tratamento, independente da orientação sexual).
Agora, falta a matéria ir a plenário para votação. Pode ser rejeitada, pode ser travada via mandado de segurança, mas o fato de ter chegado até onde chegou é sintomático da relação com que certos grupos estão mantendo com o que de humano há em sua carapuça de carne.
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