
Índio não. Indígena, tampouco. Deixemos pra trás os erros do passado – ainda mais quando esse passado têm mais de 500 anos. Tribo também não… nem tribo, nem tribos. Vamos jogar fora, com a radicalidade que os tempos nos pedem, os rastros de europismo que ainda são tamanhos. Índio não, eu repito. Generalização não, engano não, culto à colonização não.
O que então? Cada qual com seu nome, como acostumamos a fazer na dita “cultura normal”. É Guarani, Tupinambá, Anambé, Arapaço… e com letra maiúscula, faça-me o favor! Cada comunidade com seu nome, e todas elas classificadas no cunho que merecem: povos nativos do Brasil.
Língua tem poder. Poder que oprime, poder que mata, poder que marginaliza. Arrancamos suas terras, sua vida, seus costumes, cunhamos um nome qualquer baseado numa confusão portugaica e deixamos por assim mesmo… pra não nos maldizerem, demos a eles 1 dos 365 dias do calendário cristão “normal”.
São eles os protagonistas. Eles quem? Os índios? Não. Todas as comunidades, todos os povos nativos do Brasil, em cada um dos homens e mulheres genuinamente brasileiros. Quanto a nós, nós somos estrangeiros.
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