
Explorando a práxis da vereança, começam a surgir os primeiros sinais de que algo está terrivelmente errado… alguma engrenagem roda no sentido diferente do que deveria rodar… E alguns novos vereadores de Mococa parecem estar caindo na crise da contradição em que se meteram.
O parlamento só se tornou parlamento (em cerca de 930 D.C) quando tornou-se popular, substituindo os velhos conselhos monárquicos, que faziam nada mais do que concordar com o rei para não terem suas cabeças guilhotinadas… Em sua raiz histórica mais profunda, parlamento significa oposição… oposição a quem executa. Por isso mesmo foi delegado ao poder legislativo a tarefa de fiscalizar, que é ato essencialmente oposicionista (ninguém pode ser fiscalizado pelo melhor amigo).
Aos poucos as tais demandas populares, os tais anseios do município, o olho ativo no orçamento… tudo isso vai dando ao parlamentar a necessidade de escolher: ou abraçar a promiscuidade da aliança, ou exercer o papel altivo e soberano de alguém eleito para incomodar o monarca.
Seja por meio dos “disk vereador”, dos requerimentos que abarrotam o setor de protocolo, das indicações que raramente viram realidade, ou das leis que são aprovadas na pressa e sem um mínimo de leitura e estudo, o fato é que o povo, ao tomar para si o poder, vai entendendo as contradições em que a realidade social está imersa.
E agora? Irão os entrépidos vereadores peitar o gerente sênior da empresa Maziero’s Governments?
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