
Os discursos de Trump e Bolsonaro na ONU, ocorridos a poucos minutos, voltam a tocar no que analistas já colocavam: Bolsonaro é uma caricatura de Trump, se arrastando para criar uma certa coerência interna em seu teor fascista, enquanto tenta agradar nichos cada vez mais diferentes dentro do universo político brasileiro.
Enquanto Bolsonaro levanta assuntos caricatos e sem nexo, como fakenews sobre hidroxicloroquina, ataques gratuitos à imprensa e números irreais sobre a economia do país, Trump puxa a carroça da tirania ultra-nacionalista, atacando taxativamente a China, ameaçando outras nações através de uma fala agressiva citando o armamento exagerado do exército estadunidense, e criando , pouco a pouco, um projeto de embargo econômico tácito à China.
Os dois discursos nos fazem enxergar ainda melhor os contornos estratégicos do imperialismo, mostrando Bolsonaro como um jagunço do plano de domínio norte-sul do continente americano, sufocando Cuba e pouco a pouco adentrando na Venezuela… para cada país que ameaça o imperialismo, um diferente plano de aniquilação, unidos pelo mesmo discurso, enviesado pela fuga da realidade e criação de um universo paralelo agradável ao “gado” de todos os países.
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