Trans-Humanidade

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Os nossos desejos, enquanto não saciados, produzem nós incandescentes de energia na linha do que chamamos de tempo… se rearranjam, remodelam-se, projetam-se em formas diversas, e não param até que algo os sacie.
Desejos são energia, saciá-los é enviar energia ao universo.

Quando criança, não imaginava eu aonde chegaria na posse de conhecimentos que muitos não possuem.
Por outro lado, de todo conhecimento decorre uma decepção… decepção ao perceber como realmente as coisas funcionam, em contraposição com a imagem venusiana de como as coisas deveriam ser.

A realidade não existe, nós a criamos.

O mundo é formado por coisas sem forma, sem cor, sem tempo, sem vida, e dessas coisas nós, humanos, criamos nossas próprias concepções e projetos.


No fundo, o mundo é o que nós criamos, e a realidade não existe senão em nossa percepção. Schopenhauer já predizia o que a física quântica, mais tarde, traria a luz, porém, penso que nem estudiosos e tampouco não-estudiosos ainda se deram conta da total magnitude desses conhecimentos que nos vêm a mente. Simplesmente paramos diante de uma estrutura colossal, milhões de vezes maior que nós mesmos. Paralizados, não sabemos pra onde ir, nem como ir. Tudo é possível, o mundo é fluido diante da coisa mais poderosa e avançada que a natureza criou: o cérebro humano, estrutura que, até hoje, é o produto final de todo processo evolutivo que se iniciou com uma simples célula, e culminou nesta estrutura que simplesmente pode criar tudo a bel prazer. Somos os seres mais poderosos da natureza, embora ainda não tenhamos plena consciência do que isso represente na prática.

Somos seres racionais, emotivos e instintivos. Estes são os três componentes do poder humano, com os quais tudo podemos, e sem os quais nada demais somos. Somente quando estas três esferas se integram e se comunicam, nos tornamos plenamente poderosos diante de todo o nosso senhorio, a natureza.Sim, somos reis, imperadores deste mundo, tudo está a nossos pés, desde que subamos no trono do poder humano. É difícil? Sim. A percepção humana, assim como a capacidade de controlar suas esferas cerebrais ainda não evoluiu para um estágio pós-humano de controle absoluto das capacidades, e por isso ainda somos reis engatinhando diante de um trono que às vezes nem reconhecemos como tal.Diante disso, a verdade que assusta: o homem que passa por essa barreira se torna senhor não apenas diante da natureza, mas dos outros homens. E como ultrapassar esta barreira? Submetendo. Submetendo todas nossas capacidades aos objetivos, tarefa esta que é, de longe, a mais árdua de todas as tarefas de auto-aperfeiçoamento humano. Fazer com que o instinto, as emoções e a razão estejam ajoelhados diante de um objetivo específico: eis a expressão genuína do poder humano. A partir dai, surge uma meta-esfera cerebral, uma esfera que transcende o humano, e faz de nós trans-humanos, dotados de mais um pedaço de cérebro se formando por cima de nosso cérebro humano. Esta é a razão pela qual não é fácil tal mudança… criar um novo cérebro, nem mesmo para a própria mãe natureza, é um processo fácil. Evoluir não é fácil, mas é necessário.

Como qualquer animal, planta ou mísera célula, por menor e mais simples que seja, sempre teremos dois únicos objetivos biológicos: a sobrevivência e a reprodução. A sobrevivência é uma luta contra as outras espécies da natureza, e a reprodução, uma luta dentro da própria espécie. Para sobreviver e reproduzir, somos capazes de coisas cada vez maiores, e a cada passo do processo adquirimos novas habilidades para suprir estas duas necessidades básicas. A este processo damos o nome de evolução.

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