Fungos em Marte. É o que 11 pesquisadores, incluindo Xinli Wei, do
Institute of Microbiology Chinese Academy of Sciences e Olivier Planchon, do
French National Centre for Scientific Research podem ter descoberto. Eles publicaram um estudo que pode ser a resposta para a pergunta que a humanidade faz a milênios quando olha pro alto.

Fotos obtidas pelas mais recentes missões ao planeta vermelho – em especial a Opportunity – obtiveram o que podem ser imagens de vida: fungos do filo Basidiomycota.

" Uma comparação do Sol 192 e do Sol 270, mostra um aumento na massa das redes brancas
filamentos que se assemelham ao plasmódio, esporângios de frutificação bulbosa e aglomerados interconectados, quando
fotografado meses depois. Fotografias de características de superfície adicionais nesta área no Sol
270, revela a presença de espécimes em forma de donut com covinhas que se assemelham ao gênero de líquen Ochrolechia, ou
possivelmente Russula e cogumelos “milkcap”, por exemplo, Lactarius quietus, Lactarius torminosus e Lactarius
deliciosus. Essas características semelhantes a cogumelos
cercam essas redes do que parece ser rígido, incrustado e aparentemente calcificado, plasmódio e
esporângios. Alguns desses espécimes em forma de donut também parecem ficar brancos e são
ligados a essas redes emaranhadas de fios brancos, alguns dos quais se erguem acima do solo, lançando sombras,
e estão ligados ao que se assemelha a corpos frutíferos.

O rápido aparecimento e aumento é uma característica comum desse tipo de organismo. Estamos falando de nada menos do que vastos campos fúngicos. As “puffballs”, além de aumentar em diâmetro e tamanho lateral, ficavam mais próximas umas das outras.



A conclusão é esperançosa: os pesquisadores apontam para a alta probabilidade de existir vida em Marte, por conta do alto intercâmbio entre os dois planetas no passado, bem como o fato de alguns organismos sobreviverem na Terra em condições semelhantes às existentes no ambiente marciano.Porém, ainda é preciso cautela:
"É possível que todos os espécimes aqui apresentados
sejam abióticos."

O jornalista científico Benjamin Taub é cético quanto ao paper. Em um artigo crítico, Taub avalia que a participação do neuropsicólogo Rhawn Gabriel Joseph compromete a credibilidade dos achados. Joseph, diz, já tem longo histórico de alarmes falsos da descoberta de vida no espaço.

Apesar de tudo, Taub não descarta a possibilidade de estarmos diante de uma genuína descoberta, mas não atribui às imagens grande valor probatório. Vale lembrar que a publicação é da revista Advances in Microbiology, de mérito internacional.
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